Atividades aquáticas e hipertensão

A Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), hipertensão arterial sistêmica é uma doença em que aumenta a cada ano o registro de pessoas no país com esse tipo de patologia. Segundo a OMS, dados de 2012, 33% dos óbitos no Brasil ocorreram devido a DCNT. Em 2014 a projeção era de que em 2025 29% da população mundial será afetada por esses tipos de doenças.

Diferentes fatores levam o aparecimento dessas doenças, desde de genéticos, passando por sedentarismo, excesso de peso, tabagismo entre outros. No ano de 2015 estudos indicavam que nos Estados Unidos afetava entre 24% a 29% de adultos economicamente ativos, no Brasil estima-se que entre 22 a 44% são hipertensos.

Os exercícios físicos, quando realizados de acordo com o que é preconizado pelas entidades científicas como Sociedade Brasileira de Cardiologia e American College Sport Medicine, auxiliam no tratamento e também agem de forma preventiva das DCNT. Podendo ser realizados exercícios resistidos e também aeróbicos, dentro ou fora da água.

As propriedade físicas da água: como pressão hidrostática que atua sobre o corpo e auxilia no retorno do sangue das extremidades corporais para o coração; o empuxo, além de auxiliar no retorno do sangue, também diminui a ação da força da gravidade, facilita a flutuação e proporciona o aumento da amplitude dos movimentos realizado nas aulas.

A literatura nacional apresenta pesquisas com homens normotensas, que após uma aula de natação já foi possível identificar o efeito agudo sobre a Pressão Arterial Sistólica (PAS) com redução média de 20% da PAS, 30 minutos após a aula. Já para homens pré-hipertensos em prática regular de 12 semanas foi identificado na média 4,5% da PAS após o exercício.

Para mulheres normotensas nas modalidades de natação e hidroginástica, com aulas de 20 minutos sem interrupção foi identificado o hipotensor da PAS 45 minutos após os exercícios nas duas modalidades na média de 4% comparado a medidas pré exercício.

A prática de exercícios aquáticos demonstra ser uma excelente ferramenta de prevenção e tratamento de DCNT, tendo em vista que a redução da PAS em 5mmHg, contribui na redução de risco de mortalidade, doenças coronarianas e outras enfermidades. E aí, vamos cair na água?

Professor Especialista Guilherme dos Santos Ferreira
CREF RS-012927

Referências:

  • Comportamento da pressão arterial em homens pré-hipertensos participantes em um programa regular de natação
    Rev Bras Med Esporte – Vol. 21, No 3 – Mai/Jun, 2015
  • Conhecimento da prescrição do exercício aeróbico para pessoas com doenças cardiovasculares
    R. bras. Ci. e Mov 2016;24(2):119-128
  • Efeitos de exercícios aeróbicos aquáticos sobre a pressão arterial em adultos hipertensos: revisão sistemática.
    Rev Bras Ativ Fis e Saúde • Pelotas/RS • 19(5):548-550 • Set/2014
  • EFEITO DE HIPOTENSIVO DE UMA SESSÃO NATAÇÃO EM ADULTOS FISICAMENTE ATIVOS
    Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.13. n.81. p.4-9. Jan./Fev. 2019. ISSN 1981-9900.
  • O EFEITO DA NATAÇÃO E DA HIDROGINÁSTICA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL PÓS-EXERCíCIO DE MULHERES NORMOTENSAS
    Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde • Volume 14, Número 3, 2009

Compartilhe esse post!

Confira mais posts!

Atividades aquáticas e hipertensão

A Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), hipertensão arterial sistêmica é uma doença em que aumenta a cada ano o registro de pessoas no país com

Clique aqui e Tire suas dúvidas agora!